A todos (as) que queiram refletir sobre... ou se enquadrem...
“TABACARIA” (Fernando Pessoa)
Fiz de mim o que não soube. E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era
E não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara,
Estava pregada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó
Que não tinha tirado. Deitei a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
Eu vou escrever esta história para provar
Que sou sublime. O universo da reflexão do poeta é riquíssimo.
O personagem que reconhece a “não vida” que a máscara lhe conferiu reassume, ao final da estrofe, a condição de “ser sublime”. Tornar sublime é o mesmo que purificar e, para que a purificação aconteça, é mister que reconheçamos o que é precário, o que necessita de sublimação.
Para o poeta, retirar a máscara é assumir a precariedade que o falseamento lhe trouxe. A autenticidade lhe confere o direito de reassumir a vida, ainda que ao final. As máscaras atestam que o processo de negação do ser chegou ao seu ponto alto. “Fiz de mim o que não soube e, o que podia fazer de mim não o fiz”.
O roubo foi tão profundo que o outro, incapacitado de resgatar a parte roubada, viu-se obrigado a revestir-se de personagens e de máscaras. “Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me”.
Veja, há uma permissão. A não autenticidade abre portas para os equívocos. Os outros nos imaginam e nós permitimos a imaginação e suas inadequações.
“Quando quis tirar a máscara, estava pregada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, já tinha envelhecido”.
Os mascarados sofrem sozinhos. É um processo doloroso que atinge a muitos. Conviver com quem optou pela inautenticidade causa uma infelicidade profunda. O gasto de energia para a mentira é muito mais elevado que para a verdade. Viver de projeções que não podem ser adequadas à realidade é o mesmo que não viver. A experiência das projeções nos coloca dentro de um mundo sem sustentação; e mundo projetado não é mundo que realiza, nem faz realizar. É claro que a vida não é possível sem as projeções.
O importante é estabelecer um equilíbrio entre aquilo que projetamos e aquilo que podemos esperar de nós mesmos. Em cada pessoa existe uma condição, um estatuto que a identifica, como limites e possibilidades. O equilíbrio se dá nessa junção. Entre o que podemos e o que não podemos está o espaço do crescimento que nos favorece a conquista da condição de pessoa.
E não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara,
Estava pregada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó
Que não tinha tirado. Deitei a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
Eu vou escrever esta história para provar
Que sou sublime. O universo da reflexão do poeta é riquíssimo.
O personagem que reconhece a “não vida” que a máscara lhe conferiu reassume, ao final da estrofe, a condição de “ser sublime”. Tornar sublime é o mesmo que purificar e, para que a purificação aconteça, é mister que reconheçamos o que é precário, o que necessita de sublimação.
Para o poeta, retirar a máscara é assumir a precariedade que o falseamento lhe trouxe. A autenticidade lhe confere o direito de reassumir a vida, ainda que ao final. As máscaras atestam que o processo de negação do ser chegou ao seu ponto alto. “Fiz de mim o que não soube e, o que podia fazer de mim não o fiz”.
O roubo foi tão profundo que o outro, incapacitado de resgatar a parte roubada, viu-se obrigado a revestir-se de personagens e de máscaras. “Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me”.
Veja, há uma permissão. A não autenticidade abre portas para os equívocos. Os outros nos imaginam e nós permitimos a imaginação e suas inadequações.
“Quando quis tirar a máscara, estava pregada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, já tinha envelhecido”.
Os mascarados sofrem sozinhos. É um processo doloroso que atinge a muitos. Conviver com quem optou pela inautenticidade causa uma infelicidade profunda. O gasto de energia para a mentira é muito mais elevado que para a verdade. Viver de projeções que não podem ser adequadas à realidade é o mesmo que não viver. A experiência das projeções nos coloca dentro de um mundo sem sustentação; e mundo projetado não é mundo que realiza, nem faz realizar. É claro que a vida não é possível sem as projeções.
O importante é estabelecer um equilíbrio entre aquilo que projetamos e aquilo que podemos esperar de nós mesmos. Em cada pessoa existe uma condição, um estatuto que a identifica, como limites e possibilidades. O equilíbrio se dá nessa junção. Entre o que podemos e o que não podemos está o espaço do crescimento que nos favorece a conquista da condição de pessoa.
Créditos by Herbet Xavier
Um comentário:
aii ameii muiitooooooooooo
eh massaaaaa..........
xeroooooooo..........
e naum esqueciii de vc rafiinhaaaa
te amo bem muitão..
saudades paishaumziinhaaaa...
amo muitooooo
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